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Introdução Biblica

Introdução Biblica

  INTRODUÇÃO:

 

            Esta disciplina nos levará a uma compreensão maior a respeito da Bíblia, o livro mais traduzido, mais citado, mais publicado e que mais influência tem exercido em toda a história da humanidade; um livro produzido no mundo oriental antigo mais mudou o mundo ocidental moderno. Com essa compreensão saberemos como foi que ela originou – se e qual a sua estrutura, quando e como assumiu sua forma atual; sua inspiração, seu tema principal e principalmente sua importância como regra de fé e prática de nossa vida cristã.

 

ASSUNTOS PRELIMINARES

 

1 – A razão da necessidade das escrituras:

 

            Deus tem se revelado ao homem através dos tempos, por meio de suas obras, isto é, a criação, Rm 1.20; Sl 19.1-6. Mas segundo o seu propósito, chegou o tempo em que Ele desejou alcançar o homem com uma revelação maior, o que fez de forma dupla:

  • Através da Bíblia: A palavra escrita
  • Através de Jesus: A palavra viva, Jo 1.1.

a) A necessidade do estudo das Escrituras: I Pe 3.15; II Tm 2.15.

 

à Por que estudar a Bíblia: A Bíblia é o manual do crente. Sendo a mesma o livro texto do cristão, é necessário então que este a maneje bem para o eficiente desempenho da sua missão, II Tm 2.15. A Bíblia por alimentar as nossas almas. Ela nutre e dá crescimento espiritual ao crente. Ela é tão indispensável á alma, como o pão é para o corpo.

            A Bíblia é o instrumento que o Espírito Santo usa. Portanto se houver abundancia da palavra de Deus em nossas vidas, Deus terá com que operar.

 

à Como devemos estudar a Bíblia: Devemos ler a Bíblia conhecendo o seu autor. Essa é a melhor maneira de estuda – la; é o único livro cujo autor está presente quando o lemos. Devemos lês a Bíblia diariamente, Dt 17.19; é estimado que 90% dos crentes não lêem a Bíblia diariamente, portanto não é de admirar que haja tantos crentes infrutíferos. Vale salientar que, devemos ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual. Quanto a este passo, a atitude correta é a seguinte: Estudar a Bíblia como a palavra de Deus, e não como uma obra literária qualquer. Estuda – lá com o coração em atitude devocional e não apenas com o intelecto; ler devagar e meditando, Ef 1.16,17; Sl 119.18, na presença do Senhor, em oração as coisas incompreensíveis são esclarecidas, Sl 73.17,17; Ler a Bíblia toda.

 

2 – Recursos importantes no estudo da Bíblia

a) Apontamentos individuais

b) Dicionário Bíblico

c) Dicionário da Língua Portuguesa

d) Concordância ou Chave – Bíblica

e) Manual Bíblico

f) Mais de uma versão da Bíblia

 

3 – Orientações práticas para o estudo bíblico

a) Aprender a ler e a escrever referências

* Separação de capítulos: Podem ser separados por vírgulas no caso de não citações de versículos (Ex: Lc 4,5). Se houver citações de versículos os mesmos são separados do capitulo por um ponto e usa – se vírgula para separar um do outro e ponto e vírgula para separa – los do capitulo seguinte (Ex: Lc 4.1,2; 5.1,2). No caso da referência apresentar um capítulo com versículos subseqüentes, a mesma deve ser escrita da seguinte forma (Ex: Lc 4.1-10). Se além desses versículos, ela apresentar um ou outros alternados, os mesmos devem ser separados por vírgulas (Ex: Lc 4.1-10, 14,17). Se as referências forem de livros diferentes, escreve – se da seguinte forma (Ex: Lc 4.1-10; Sl 105.2).

 

@Nota: Quando tivermos um conjunto de referências deve - se evitar a repetição de sinais, isto é, deve–se obedecer a um sistema tal qual: Pontos (.) para separar capítulos de versículos; vírgulas (,) para separar versículos de versículos e ponto e vírgula (;) para separar versículos de capítulos e ponto e vírgula + espaço para separar versículo da sigla do próximo livro, Ex: Lc 4.1-10; 10.5,8,10-13; Sl 105.2. Vale ressaltar que no caso de uma ordem seqüente de capítulos ou de versículos, os mesmos devem ser separados pelo hífem (-), Ex Mt 5-7; Jo 11.1-10.

 

b) Distinguir texto, contexto, parágrafo, referências e inferências.

ü Texto: é a parte em apreço ou a ser estudado.

ü Contexto: tudo o que vem antes e depois do texto. Dividi – se em imediato, que vem logo a seguir e remoto, que está mais distante.

ü Parágrafo: seção de uma leitura que forma um sentido completo

ü Referência: é a conexão direta sobre determinado assunto. Além de indicar o livro, capítulo e versículo. Podendo levar outras indicações, tais como:

a.C. – Antes do nascimento de Cristo.

d.C. – Depois de Cristo.

A.D. – Ano Domine, isto é, Ano do Senhor.

“a”; “b”; “c”... – Refere – se a divisão do versículo em partes.

“ss” – Versículos seguintes ou subseqüentes.

“qv” -  QUOD VIDE, significa: Que Veja, uma recomendação para não deixar de ler o texto indicado.

“cf” – Confirme, confronte, vem do latim CONFERE.

“ic” – Isto é, vem do latim IS EST.

 

@Nota: As referências podem estar agrupadas em:

  • Reais: São aquelas que tratam do mesmo assunto ou idéia.
  • Verbais: São as que fazem paralelo de palavras ou uso do mesmo verbo.

a)   Inferências: é um assunto que está conectado na referência, ou seja, está nas entrelinhas. É uma lição ou dedução.

 

 

I – A BÍBLIA COMO LIVRO

 

            Por ser um livro antigo, ela possui um formato de rolo, Jr 36.2, feito de papiro ou pergaminho. O papiro é uma planta aquática que cresce em rios e lagos, cuja entrecasca servia para a escrita. Já o pergaminho é a pele de animais, curtida e polida. Seu uso é mais recente que o papiro, vem dos primórdios da Era Cristã, II Tm 4.13. Ele foi usado para formatar o Códice, que era um livro de grande proporção 66x55cm, no qual a Bíblia passou a ser manuscrita. Substituindo os rolos.

 

1 – Formato da Bíblia: Inicialmente cada livro era um rolo, assim sendo não estavam reunidos como hoje. O que tornou possível o agrupamento dos livros foi a invenção do papel no século II pelos chineses, bem como a do prelo de tipos de móveis em 1450 inventada pelo alemão Guttemberg. Até a invenção da impressa, as cópias eram feitas pelos escribas de forma manuscrita. Essa forma era trabalhosa, lenta e cara. A partir daí o processo de propagação da palavra de Deus foi acelerado, de modo que hoje com o progresso e invenções tecnológicas, milhões de exemplares das Escrituras são impressos anualmente e distribuídos em muitos pontos do globo.

 

2 – Tipos de escrita: Uncial é o manuscrito que contém apenas letras maiúsculas e sem espaço entre as palavras. Cursivo, é o manuscrito que contém só letras minúsculas e possui espaço entre as palavras.

 

3 – A palavra Bíblia: Esta não encontra – se nas Escrituras, vem do grego “Biblos”, nome dado a folha de papiro preparada para a escrita. Um rolo pequeno era chamadas de “Biblion” e vários de “Bíblia”. Logo, Bíblia significa um conjunto de livros pequenos ou coleção.

 

4 – Estrutura e Divisão da Bíblia: A Bíblia compõem – se de duas partes principais: O Antigo e o Novo Testamento. O Antigo foi escrito num período de 1400 anos por cerca de trinta e um autores. O Novo Testamento foi escrito no primeiro século d.C. por cerca de nove autores, na sua maioria discípulos de Jesus.

            A palavra “Testamento” que seria mais bem traduzido por “Aliança” é a tradução das palavras no hebraico e no grego, que significam respectivamente “pacto” ou “acordo” entre duas partes (aliança), I Co 11.25. Os estudiosos declararam que Cristo é o tema central e unificador das Escrituras. Portanto o N.T. está ocultado no A.T. e o A.T. está revelado no N.T.

 

§ A divisão do Antigo Testamento: Ocorre em quatro partes:

a)    A Lei (O Pentateuco): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

b)    Histórias: 12 livros: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

c)    Poesia: Cinco livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.

d)    Profetas: 17 livros subdivididos em 5 maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel; e   12 menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.                                             

 

§ A Divisão do Novo Testamento:

a)    Biografia: Os Evangelhos são quatro, Mateus, Marcos, Lucas e João.

b)    História: Atos dos Apóstolos.

c)    Epístolas: Vinte e uma Cartas, divididas em: Quatorze Cartas Paulinas (OBS: se atribuirmos a ele a autoria da Carta aos Hebreus), Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemom, que subdividem – se em: Epistolas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Timóteo, Tito e Filemom; e Epístolas Pastorais: I e II Timóteo e Tito, as demais são doutrinárias, Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, I e II Tessalonicenses, Hebreus; e Sete Cartas Gerais ou Universais: Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas.

d)    Profecia: Apocalipse.

 

§ Divisão em capítulos e versículos:

As Bíblias mais antigas não possuíam essa divisão. Tal divisão foi feita para facilitar o manuseio, a memorização e a citação dos textos. Stephem Langton, professor da Universidade de Paris e Arcebispo de Cantuária, foi responsável pela divisão em capítulos em 1227 d.C. totalizando 1189 capítulos, 929 no Antigo e 260 no Novo Testamento. Robert Stephanus, impressor de Paris, dividiu – a em versículos em 1551, totalizando 31.173, sendo 23.214 no antigo e 7.959 no Novo Testamento.

 

@Notas interessantes:

1 – O maior capítulo: Salmo 119; o menor: Salmo 117.

2 – O maior versículo: Ester 8.9; o menor: Êxodo 20.13.

3 – Os livros mais longos são; Salmos (A.T.) e Lucas (N.T.).

4 – O texto de Esdras 4.2 contém todas as letras do nosso alfabeto.

 

 

II – INSPIRAÇÂO DIVINA DA BÍBLIA

 

            Inspiração é a influência sobrenatural do Espírito Santo, como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando – os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura e erro.

 

1 – TEORIAS FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

 

a)    Teoria da inspiração natural: Ensina que a Bíblia foi escrita por homens dotados de gênio e força intelectual.

 

b)    Teoria da inspiração divina comum: Ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia é a mesma que nos vem quando oramos, pregamos, cantamos, ensinamos e andamos em comunhão com Deus.

 

c)    Teoria da inspiração parcial: Ensina que partes da Bíblia são inspiradas, porém outras não. Ensina também que a Bíblia não é a palavra de Deus, mas que ela apenas contém a palavra de Deus.

 

d)    Teoria do ditado verbal: Ensina que é a inspiração da Bíblia é somente quanto às palavras, não deixando lugar para a atividade e estilo do autor.

 

e)    Teoria da inspiração da idéias: Ensina que Deus inspirou as idéias da Bíblia, mas não as suas palavras, estas ficaram a cargo dos escritores.

 

2 – TEORIA VERDADEIRA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

 

a) Teoria da inspiração plenária ou verbal: Ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas, que os escritores não funcionaram como simples robôs, mas que houve cooperação vital entre eles e o Espírito Santo que os capacitava. Esta teoria afirma que os homens santos de Deus escreveram a Bíblia com palavras de seus próprios vocabulários, porém, sob a influência poderosa do Espírito Santo. Desta feita o que eles escreveram foi a Palavra de Deus. Vale salientar que, segundo essa teoria a inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do N.T.

 

3 – Prova da inspiração da Bíblia:

a)    A aprovação da Bíblia por Jesus: Jesus leu – a, Lc 4.16-20; Ele ensinou – a, Lc 24.27; Ele chamou – a de a palavra de Deus, Mc 7.13; Ele cumpriu – a, Lc 24.44.

 

b)    O testemunho do Espírito Santo no crente: Em cada pessoa que aceita Jesus como o seu salvador, o Espírito Santo põem na sua alma a certeza quanto à autoria e inspiração divina das Escrituras. É algo automático, não é preciso ninguém ensinar isso.

 

c)    O fiel cumprimento das profecias: Inúmeras profecias se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total. Inúmeras outras cumprem – se em nossos dias e muitas cumprir – se – ão no futuro. O cumprimento contínuo das profecias Bíblicas é uma prova de sua origem divina, o que Deus disse indubitavelmente sucederá Jr. 1.12.

 

d)    A influência benéfica da Bíblia nas pessoas e nações: O mundo atualmente é mais bem devido à influência da Bíblia.

 

e)    A Bíblia é sempre nova e inesgotável: É o livro mais antigo do mundo e ao mesmo tempo o mais novo.

f)     A Bíblia é familiar a cada individuo: No mundo inteiro, qualquer pessoa que lê, recebe uma mensagem como se fora escrita para si.

 

g)    A imparcialidade da Bíblia: Os homens jamais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá glórias a Deus e mostra a fraqueza do homem, Sl 50.21,22; 51.5; I Co 1.19-25.

 

 

III – O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

 

            Jesus em Lucas 24.44 e Jo 5.39, declara que Ele mesmo é o assunto principal e conseqüentemente o tema central da Bíblia, At. 3.18; 10.43; Ap 22.16.

            Se observarmos a linguagem dos tipos, das figuras, dos símbolos e das profecias, concluiremos que cada livro oferece a Jesus o lugar de destaque, veja:

 

ANTIGO TESTAMENTO

Gênesis

Ele é a semente da mulher

Êxodo

Ele é o cordeiro pascal

Levítico

Ele é o nosso sacrifício pelo pecado

Números

Ele é a rocha ferida

Deuteronômio

Ele é o verdadeiro profeta

Josué

Ele é o capital da nossa salvação

Juizes

Ele é o nosso Juiz libertador

Rute

Ele é o nosso resgatador

I e II Samuel

Ele é a raiz de Davi

I e II Reis

Ele é o fogo do altar de Elias

I Crônicas

Ele é o monarca fiel

II Crônicas

Ele é o nosso Rei

Esdras

Ele é o escriba rei

Neemias

Ele é o Reconstrutor

Ester

Ele é o Advogado que exalta

Ele é o Redentor que vive

Salmos

Ele é a alegria e o louvor

Provérbios

Ele é a Sabedoria de Deus

Eclesiastes

Ele é o alvo verdadeiro

Cantares de Salomão

Ele é o amado de nossa alma

Isaías

Ele é o Messias prometido

Jeremias

Ele é o renovo de justiça

Lamentações

Ele é a misericórdia de Deus

Ezequiel

Ele é o maravilhoso homem das quatro faces

Daniel

Ele é o quarto Homem da fornalha

Oséias

Ele é o marido fiel

Joel

Ele é o pentecoste prometido

Amós

Ele é o divino lavrador

Obadias

Ele é o poderoso pra salvar

Jonas

Ele é a grande comissão

Miquéias

Ele é a mensagem dos pés formosos

Naum

Ele é a fortaleza no dia da angústia

Habacuque

Ele é o Avivamento

Sofonias

Ele é o Senhor zeloso

Ageu

Ele é o desejado das nações

Zacarias

Ele é a fonte aberta da casa de Davi

Malaquias

Ele é o sol da Justiça

 

 

NOVO TESTAMENTO

Mateus

Ele é o Messias enviado

Marcos

Ele é o realizador de maravilhas

Lucas

Ele é o Filho do Homem

João

Ele é o Filho de Deus

Atos

Ele é o Espírito Santo

Romanos

Ele é a Justificação

I Coríntios

Ele é a Santificação

II Coríntios

Ele é a reconciliação

Gálatas

Ele é a libertação da maldição da lei

Efésios

Ele é o cabeça da Igreja

Filipenses

Ele é o supridor de necessidades

Colossenses

Ele é a plenitude da divindade encarnada

I Tessalonicenses

Ele é Aquele que há de vir

II Tessalonicenses

Ele é o Senhor que vai voltar

I Timóteo

Ele é o nosso mestre

II Timóteo

Ele é o nosso exemplo

Tito

Ele é graça de Deus

Filemom

Ele é o amigo mais chegado que um irmão

Hebreus

Ele é o nosso intercessor junto ao trono de Deus

Tiago

Ele é o pai dos órfãos

I Pedro

Ele é a preciosa pedra angular

II Pedro

Ele é a verdade de Deus

I João

Ele é o amor eterno

II João

Ele é o amor verdadeiro

III João

Ele é o amado

Judas

Ele é o nosso protetor

Apocalipse

Ele é o nosso Rei triunfante

 

OBS: Considerando Jesus como Tema central, os 66 livros ficam resumidos em cinco palavras referentes a Ele. Veja:

 1 – Preparação: Todo o A.T. trata da preparação para o advento de Cristo.

 2 – Manifestação: Os Evangelhos tratam da manifestação de Cristo.

 3 – Propagação: O livro de Atos trata da propagação de Cristo por meio da Igreja.

 4 – Explanação: As Epístolas explanam a doutrina de Cristo.

 5 – Consumação: O livro de Apocalipse trata da consumação de todas as coisas preditas por Cristo.     

 

Notas interessantes:

1 – Cristo cita 22 livros do A.T.

2 – Em Mateus há 19 citações do A.T.

3 – Em Marcos há 15.

4 – Em Lucas há 15.

5 – Em João há 11.

6 – Em Hebreus há 85 citações e alusões.

7 – Em Apocalipse há 245.

8 – Cristo cita exatamente as passagens que os críticos da Bíblia mais evitam: O dilúvio, Ló, o maná, a serpente de bronze e Jonas.

 

 

IV – CONTEÚDO DE CADA LIVRO

 

Ø ANTIGO TESTAMENTO

à PENTATEUCO

Gênesis: Criação do mundo.

Êxodo: Saída do Egito e peregrinação.

Levítico: A lei.

Números: Contagem das tribos.

Deuteronômio: Repetição da lei.

 

à LIVROS HISTÓRICOS

Josué: Entrada e as conquistas em Canaã.

Juizes: Rebeldia do povo.

Rute: Remissão.

I e II Samuel: Monarquia e Davi.

I e II Reis: Reis bons e maus.

I e II Crônicas: Biografia de alguns reis.

Neemias: Construção do templo.

Ester: Salva o seu povo da morte

 

à LIVROS POÉTICOS

: Provação e paciência.

Salmos: Louvores.

Provérbios: A perfeita sabedoria.

Eclesiastes: A vaidade da vida.

Cantares: O amor do noivo e da noiva.

 

à LIVROS PROFÉTICOS

Isaías: A vinda do Messias.

Jeremias: Livro dos “ais”.

Lamentações: Pranto pela destruição.

Ezequiel: Mistérios.

Daniel: Política mundial.

Oséias: Chamada ao arrependimento.

Joel: Os juízos de Deus.

Amós: Ira divina.

Obadias: Advertência a Edom.

Jonas: Figura a ressurreição de Cristo.

Miquéias: Nascimento do Messias.

Naum: Ruína de Ninive.

Habacuque: A opressão dos Caldeus.

Sofonias: As ameaças.

Ageu: Reconstrução do Templo.

Zacarias: Fala de Cristo.

Malaquias: Fala de João Batista.

 

Ø NOVO TESTAMENTO

à EVANGELHOS

Narram a história de Cristo.

Atos: Narra a obra do Espírito Santo.

 

à EPÍSTOLAS PAULINAS

Romanos: Salvação pela graça.

I e II Coríntios: Instrução à Igreja.

Gálatas: Lei e graça.

Efésios: Fala de nossa vida em Cristo.

Filipenses: A alegria do Cristão.

Colossenses: Apresenta Cristo exaltado.

I e II Tessalonicenses: Descrição do fim.

I e II Timóteo e Tito: Orientação Pastoral.

Filemom: Mostra o amor de Paulo.

 

Hebreus: Superioridade de Cristo.

Tiago: Descreve a fé expressa em obras.

I e II Pedro: Incentivo a firmeza na fé.

I, II e III João: Exortação ao amor cristão.

Judas: Mostra o destino dos maus.

Apocalipse: Descortina o céu.

 

 

V – CÓPIAS E TRADUÇÕES

 

            1 – Os manuscritos originais não podiam ser conservados devido a fragilidade do material, surge então a necessidade de copiá – los, atualmente não temos nenhum dos originais, no entanto, temos muitas copias em várias partes do mundo, das quais as principais são:

 a) Manuscrito Vaticano, em Roma.

 b) Manuscrito Sináitico, em Londres.

 c) Manuscrito de Alexandria, em Londres.

 

            2 – A partir das copias dos originais, as quais foram escritas em Hebraico (A.T.) e em Grego (N.T.), e alguns textos em aramaico, surgiram as traduções das Escrituras, que tem sido indispensável na divulgação da mesma. As traduções mais famosas são:

 a) Septuaginta: Foi a primeira tradução da Bíblia, feita no Egito em Alexandria, cerca de 285 a.C. Tradução feita do Hebraico para o Grego por um grupo de setenta e dois anciãos. Compreendia todo o A.T., foi a Bíblia que Jesus e seus discípulos usaram.

 b) Vulgata Latina: é a tradução de toda a Bíblia, feita por Jerônimo, concluída em 405 A.D. em Belém na Palestina. Traduzida do Hebraico para o Latim.

 c) Versão do Rei Thiago: Feita na Inglaterra em 611 A.D.

 d) Traduções em Português:

a)      A primeira tradução em português foi feita por João Ferreira de Almeida. O trabalho de tradução foi realizado na cidade de Botávia, na ilha de Java no Oceano Índico. Ele traduziu primeiro o N.T. que foi publicado em Amisterdan, na Holanda em 1681. Logo em seguida o A.T. até o capitulo 41 de Ezequiel, pois a morte o impediu de conclui – la. Seu amigo Rv. Jacobus Op Den Akker concluiu a tradução, a qual foi publicada em 1773. A Bíblia de Almeida foi publicada pela primeira vez no Brasil em 1944 pela IBB (Imprensa Bíblica Brasileira).

 

b)      Antônio Pereira de Figueiredo, Padre católico editou o N.T. em 1778 e o A.T. em 1790, tradução feita em Portugal.

 

c)      Tradução Brasileira: Uma comissão de teólogos brasileiros e estrangeiros traduziu o N.T. e publicaram em 1910. Traduziram o A.T. e publicaram em 1917. É uma tradução muito fiel ao original, sua publicação foi suspensa em 1954.

 

d)      Humberto Rhorden: Padre de Santa Catarina traduziu só o N.T. que foi publicado em 1935. Edição esgotada.

 

e)      Matos Soares: Padre brasileiro traduziu a Vulgata. Foi publicada em 1956 no Brasil e já era publicada em Portugal desde 1933.

 

f)       Versão da Imprensa Bíblica Brasileira: Foi lançada em 1968 após longos anos de trabalho, uma nova versão em português, a V.I.B. B baseada na tradução de Almeida. A edição de 1968 apareceu apenas em formato de púlpito, e só em 1972 foi lançado o formato popular.

 

g)      Outras versões: A Igreja católica tem publicado mais edições dos Evangelhos e outras partes do N.T. As Testemunhas de Jeová possuem uma versão falsificada de toda a Bíblia, “Tradução do Novo Mundo”.

 

3      – Versões em Vernáculo da Bíblia

a)     ARC: Almeida Revista e Corrigida.

b)    ARA: Almeida Revista e Atualizada.

c)     FIG: Antonio Pereira de Figueiredo.

d)    SOARES: Matos Soares – Versão Popular dos católicos brasileiros.

e)     RHODEM: Hubert Rhodem – Versão particular do ex – padre brasileiro.

f)      CBSP: Centro Bíblico de São Paulo – Edição católica da Bíblia.

g)    TRAD. BRASILEIRA: É uma tradução literal dos textos originais.

h)    EC: Edição Contemporânea.

i)      BLH: Bíblia na linguagem de Hoje.

j)      BJ: Bíblia de Jerusalém.

k)     BV: Bíblia Viva (Parafraseada).

l)      VIB: Versão da Imprensa Bíblica.

 

@NOTA: A Bíblia em 2001 achava – se traduzida em mais de 2.287 línguas. Foi gasto 1900 anos para traduzi – la para 1.000 línguas e apenas 61 anos para traduzi – la para mais de 2.287 línguas.

 

OBS: Numero de traduções de 1800 a 2001.

ü Em 1800: Traduzida em 68 línguas.

ü Em 1804: Inicia – se o movimento das Sociedades Bíblicas.

ü Em 1940: Traduzida em 1000 línguas.

ü Em 2001: Traduzida em 2287 línguas.

 

 

VI – O CÂNON: SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA

 

            Cânon ou escrituras canônicas é a coleção completa dos livros divinamente inspirados por Deus. Cânon é a palavra grega que significa literalmente “vara de medir”; assim como uma régua de carpinteiro. Religiosamente falando, cânon não significa aquilo que mede, mas o que serve de norma ou regra, Gl 6.16. A Bíblia como cânon é a nossa norma, regra de fé e prática.

 

 1O Cânon do Antigo Testamento

            O Cânon do Antigo Testamento como temos atualmente, ficou completo desde o tempo de Esdras; após 445 a.C. Entre os Judeus ele tem três divisões: Lei, Profetas e Escritos. A divisão dos livros no Cânon hebraico é diferente da nossa, tem 24 livros ao em vez dos nossos 39 livros, isto é, porque é considerado um só livro, cada grupo dos seguintes:

ü Os dois livros de Samuel.

ü Os dois livros de Reis.

ü Os dois livros de Crônicas.

ü Os livros de Esdras e Neemias.

ü Os doze livros dos profetas menores.

ü Os demais livros do A.T.

A disposição ou ordem dos livros no Cânon Hebraico é também diferente do nosso. Veja:

ü Lei: Quatro livros: Gênesis, Êxodo, Levitico e Deuteronômio.

ü Profetas: Oito livros, divididos em: Primeiros Profetas: Josué, Juizes, Samuel e Reis; Últimos Profetas: Isaias Jeremias e Ezequiel e mais os doze livros dos profetas menores.

ü Escritos: Onze livros divididos em: Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó; Os cinco livros rolos: Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester; Livros Históricos: Daniel, Esdras e Neemias.

 

@NOTA: Os cinco rolos eram assim chamados porque eram rolos separados e lidos anualmente em festas distintas.

No Cânon Hebraico os livros também não estão em ordem cronológica.

 

 2A formação do Cânon do Antigo Testamento

 

            O Cânon foi formado num espaço de mais 1.000 anos (Aproximadamente 1048), de Moisés a Esdras. Moisés escreveu as primeiras palavras do Pentateuco por volta de 1491 a.C. Esdras entrou em cena em 445 a.C. o mesmo não foi o último escritor na formação do Cânon do A.T.; porem de acordo com os escritos históricos judaicos, foi ele que na qualidade de escriba e sacerdote reuniu os rolos canônicos, ficando assim o cânon encerrado em seu tempo.

a)     Data do reconhecimento e fixação do Cânon do A.T.

 Foi em 90 A.D. Jâmnia, perto da moderna Jope na Palestina. Os Rabinos em um concilio sobre a presidência de Johanan Bem Zakai, reconheceram e fixaram o Cânon do A.T. Nota – se porém que o trabalho desse concilio, foi apenas ratificar aquilo que já havia sido aceito por todos os Judeus.

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b)    Livros desaparecidos citados no texto do A.T.

 Vale ressaltar que a Bíblia faz referência a livros, até agora desaparecidos, veja: Nm 21.14; Js 10.13; II Sm 1.18; I Rs 11.41; I Cr 27.24; 29.29; II Cr 9.29; 12.15; 13.32. São casos que só Deus revelará o segredo. Talvez um dia, querendo Deus, eles venham a luz através da Arqueologia.

 

 3 – O Cânon do Novo Testamento

            Homens inspirados por Deus escreveram aos poucos os livros que compõem o Cânon do N.T.

 

 4A formação do Cânon do Novo Testamento

 

            Sua formação levou apenas duas gerações, quase cem anos. Isto porque em 100 A.D. todos os livros do N.T. estavam escritos.

            Muitos dos livros antes de serem finalmente reconhecidos como canônicos, foram duramente debatidos, mais de antes de 400 A.D. todos os livros estavam reconhecidos.

a)     Data e reconhecimento e fixação do Cânon do N.T.

 Isso ocorreu no terceiro concilio de Cartago em 397 A.D. nessa ocasião foi definitivamente reconhecido e fixado o Cânon do N.T.

b)    Livros desaparecidos citados no texto do N.T.

 Há também livros mencionados no N.T. até agora desaparecidos. Veja: I Co 5.9; Cl 4.16.

 

 5 – Os livros Apócrifos

 

           Nas Bíblias de edição Romana, o total dos livros é de 73, porque essa Igreja desde o concilio de Trento em 1546 incluiu no Cânon do A.T sete livros apócrifos, além de quatro acréscimos ou apêndice a livros canônicos, sendo assim o total de onze escritos apócrifos.

           A palavra “apócrifo” significa literalmente escondido, oculto; isto é em referência a livros que tratam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. Religiosamente falando, o termo significa não genuíno, espúrio. Desde a sua aplicação por Jerônimo. Os livros apócrifos foram escritos no período de Malaquias a Mateus, ou seja, entre o Antigo e o Novo Testamento, numa época que cessaram por completo as revelações divinas. Eles nunca foram reconhecidos pelos Judeus como parte do Cânon Hebraico.

           São 14 os livros apócrifos, sendo 10 livros e 4 acréscimos a livros. Antes do concilio de Trento, a Igreja Romana aceitava a todos, mais depois passou aceitar apenas 11 livros sendo 7 livros e 4 acréscimos.

           Os livros apócrifos existentes nas Bíblias de Edição Romana são:

ü Tobias, após o livro de Esdras.

ü Judite, após o de Tobias.

ü Sabedoria de Salomão, após o livro canônico de Cantares de Salomão.

ü Eclesiástico, após o livro de sabedoria.

ü Baruque, após o livro canônico de Jeremias.

ü I e II Macabeus, ambos após o livro canônico de Malaquias.

Os quatro acréscimos ou apêndices são:

ü Ester, à Ester 10.4 a 16.24.

ü Cânticos dos três santos filhos, à Daniel 3.24 a 90.

ü História de Suzana, Dn 13.

ü Bel e o Dragão, Dn 14.

Os livros apócrifos rejeitados pela Igreja católica após 1546 A.D. são:

ü III Esdras.

ü IV Esdras.

ü A oração de Manasses.

 

@NOTA: A Igreja Romana aprovou os livros apócrifos em 18 de Abril de 1546 para combater o movimento da reforma protestante. Pois naquela época os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas romanistas.

 

- Outros livros Apócrifos: Há outros livros deste teor relacionados tanto com o A.T. como o N.T. são chamados Pseudoepigráficos. Os do A.T. pertencem a ultima parte do período interbíblico. São de natureza apocalíptica. Não são reconhecidos por nenhuma Igreja.

 

 

 

CONCLUSÃO:

 

            Se através desse estudo nós adquirimos, além de uma maior compreensão, mais zelo, mais reverência, mais amor pela palavra de Deus, então alcançaremos o êxito esperado e doravante, nosso relacionamento com Deus e com sua palavra, indubitavelmente será de maior intimidade.

 

 

         

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

GILBERTO, Antonio. As Sagradas Escrituras

 

PEARLMAN, Meyer. Através da Bíblia livro por livro

 

APOLÔNIO, José. Sintetizando a Bíblia